Painel aberto ao público acontece nesta terça-feira (11/02), às 19 horas, no Auditório do Básico da PUC Goiás (Área II)
O tráfico humano é a terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo, ultrapassada apenas pelo tráfico de armas e de drogas. O lucro anual chega a 31,6 bilhões de dólares, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dentre as vítimas entregues à exploração sexual, 85% são mulheres. A faixa etária predominante está entre 17 e 25 anos. Há registro de tráfico de adolescentes e crianças, sendo a maioria do sexo feminino. Também existe o tráfico de homossexuais e travestis jovens. A maioria das pessoas traficadas é pobre e com baixa escolaridade. Na rede de aliciadores, 55% são mulheres.
Esses são apenas alguns dados que comprovam a cruel realidade do tráfico humano, indo muito além do que é exibido na telinha da TV. E o estado de Goiás apresenta outros fatores de vulnerabilidade, os quais estarão em debate no Painel aberto ao público, intitulado Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual, a ser realizado nesta terça-feira (11/02), às 19h, no Auditório do Básico (Área II da PUC Goiás), reunindo autoridades e lideranças.
O evento também contará com a presença de uma importante liderança local, que fez parte da candidatura coletiva para o Prêmio Nobel da Paz 2005: a líder comunitária quilombola Procópia dos Santos Rosa (residente na cidade de Monte Alegre/GO).
Uma oficina de educação popular feminista, fechada para 45 lideranças locais de ONGs, órgãos públicos e universidades, com o mesmo título, será realizada nos dois dias subsequentes, 12 e 13/2, no Castro’s Park Hotel. Dentre os principais objetivos, estão: contribuir para o acúmulo de discussão sobre o tema dentro dos movimentos sociais e na sociedade em geral; refinar a ótica feminista; contribuir na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher que se materializa na violência doméstica e sexual, além do tráfico de mulheres; fortalecer a rede de serviços contra o tráfico humano, formada por atores governamentais e não governamentais; interferir na implantação e implementação de políticas públicas; aumentar a sensibilidade da mídia e da opinião pública sobre a gravidade dessas questões, como consequência das desigualdades de gênero.
As iniciativas são uma realização da Associação Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf, hoje com 88 anos, e dirigida por Vera Vieira. Contam com o apoio da Associação Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo (Suíça), EED (Alemanha), Fundação Ford, Instituto Avon e Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal. O patrocínio é da Petrobras. As imprescindíveis parcerias locais são: GRUPO DE MULHERES MALUNGA, FÓRUM DE TRANSEXUAIS DE GOIÁS, ASTRAL-GO, GRUPO TRANSAS DO CORPO, FÓRUM GOIANO DE MULHERES, CEVAM, UBM, OFICINA MULHER, CENTRO POPULAR DA MULHER, PALAVRA DE MULHER, MARINA SANT’ANNA, PIMEP, UFG/NDH, PREFEITURA DE GOIÂNIA, CONSELHO ESTADUAL DA MULHER, MINISTÉRIO PÚBLICO DE GOIÁS.
Painel temático: Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual (com a presença de autoridades e lideranças locais).
Ao final, será realizado o relançamento do livro Brasileiras Guerreiras da Paz, Ed. Contexto, com o perfil de cada uma das 52 brasileiras que participaram da indicação coletiva ao Prêmio Nobel da Paz 2005. O livro será autografado pela coordenadora da publicação Clara Clarf e por uma das 52 brasileiras, Dona Procópia.
Data: 11/02/2014 (terça-feira)
Horário: 19 horas
Local: Auditório do Básico da PUC Goiás(Área II)
Fonte: Associação Mulheres pela Paz