Reitoria Golpeia os Direitos dos/as Professores/as
É tempo de recomeçar o semestre em um calendário desafiador e mais do que especial: 2014 é ano de mais uma Conferência Nacional de Educação (Conae); de perspectiva de votação do Plano Nacional de Educação (PNE) e do projeto de lei que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes), que deverá supervisionar e avaliar Instituições de Ensino Superior; Eleições Gerais no País; Ano Internacional da Agricultura Familiar e de Copa do Mundo .
Reiniciamos nossa caminhada aqui na PUC Goiás, ainda escandalizados/as com as últimas atitudes da reitoria que, na semana passada, de forma unilateral publicou Portaria 001/2014-GR que instabiliza nossas condições de trabalho, restringe direitos já conquistados, investe na desorganização da categoria e lançou Editais (09 e 12) que, na prática, propõem a efetivação dos/as convidados/as e de novos/as professores/as de forma desumana, submetidos as mais precárias condições de trabalho. Terminamos 2013 sendo processados/as criminalmente pela Reitoria da PUC Goiás – Apuc, ASC e o nosso delegado sindical, professor Mardônio Pereira da Silva - por expressarmos a nossa indignação com os descaminhos da política institucional que afetam diretamente a vida de toda a comunidade dentro da Universidade – professores/as, funcionários/as e alunos/as.
A luta pela liberdade de expressão é imperiosa para a nossa valorização. Esse é um direito assegurado constitucionalmente, conquistado pelo nosso povo em luta contra a opressão e o arbítrio; mas que a Administração da PUC Goiás, contrariando a própria história da primeira Universidade de Goiás, ainda insiste com a tentativa de desrespeitar a Constituição Federal e também de ignorar os direitos humanos.
A perspectiva continua sendo de muita luta para avançarmos na ausência de diálogo interno e na superação das dificuldades impostas pelo cenário de crescente precarização profissional com o processo de mercantilização da Educação Superior.
Um exemplo dos efeitos perversos dessa mercantilização no Brasil estampou as manchetes dos jornais logo neste início de ano: o descredenciamento pelo MEC da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) que, segundo informações divulgadas na imprensa, ocorreu em decorrência da baixa qualidade acadêmica, grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior.
Infelizmente, nos últimos anos, o enfrentamento de problemas dessa natureza não é privilégio dos nossos colegas da Gama Filho e da UniverCidade... Será preciso chegar a situações extremas para que haja uma mudança desta nossa realidade? Que esse caso sirva para acelerar a aprovação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 4.372/2012, que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes) – autarquia com a finalidade de supervisionar e avaliar as instituições de ensino superior. Sem mecanismos como este, construirão outras “Torres de Babel” no País, desconsiderando a responsabilidade social da educação e a dignidade do ser humano.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc