Desejamos sucesso ao professor Ricardo Alcoforado Maranhão Sá, selecionado para apresentar trabalho em evento da Organização Mundial de Saúde (OMS)
O colega Ricardo Alcoforado Maranhão Sá, do curso de Engenharia Elétrica da PUC Goiás, foi selecionado para participar do Second WHO Global Forum on Medical Devices - 2º Fórum Global de Equipamentos Médicos - a ser realizado no International Conference Center (CICG), em Genebra, Suíça, de 22 a 24 de novembro. O fórum, que apresenta a temática Priority Medical Devices for Universal Health Coverage (Equipamentos Médicos Prioritários para Cobertura de Saúde Universal), é promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No evento, o professor que leciona Introdução em Engenharia Clínica, proferirá a palestra "Avaliação de Eventos Adversos com Aparelhos de Tomografia Computadorizada". O estudo foi baseado em sua dissertação de mestrado na área de Saúde Pública, apresentada na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/ FIOCRUZ). Clique aqui para ver o resumo do estudo
Ricardo Maranhão explica que o trabalho levantou os eventos adversos relacionados ao uso do aparelho de tomografia computadorizada registrados nos sistemas de notificação do Brasil e do exterior. “As notificações foram classificadas de acordo com as causas, segundo o modelo de abordagem de Shepherd”, diz.
No Brasil, a consulta foi feita por meio do Sistema Nacional de Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas, desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No exterior, pesquisou-se o Medical Device Reporting Database (MDR) e o Manufacturer and User Facility Device Experience Database (MAUDE), ambos desenvolvidos pela Food and Drug Administration (FDA).
Os eventos adversos foram classificados de acordo com a proporção de ocorrência por componente e por subcomponente. No total, foram pesquisados 519 eventos adversos relacionados ao aparelho de tomografia, entre 1º de janeiro de 1984 e 31 de dezembro de 2007, sendo 233 relatos do MDR e 286 relacionados ao MAUDE.
O estudo mostrou que 78,2% dos eventos adversos se relacionavam com o componente dispositivo médico e 38,9% ao subcomponente projeto dos circuitos e partes, conforme o Modelo de Shepherd. Foi possível detectar também que 64,5% dos eventos foram classificados como mau funcionamento. Também foi realizada a classificação por tipo de problema e o erro de software foi o tipo de falha com maior ocorrência (20,7%), seguido do movimento não intencional da mesa ou gantry (15,3%); inversão das imagens - ou seja, imagem revertida direita ou esquerda - (9,6%); e artefato (9,1%).
Concluiu-se que o Brasil precisa avançar na área e qualificar os modelos de notificações. A pesquisa foi a primeira sobre o tema no País. “A escolha do nosso trabalho revela que o estudo foi importante para ampliar o debate sobre a segurança dos equipamentos de radiodiagnóstico e contribui para a diminuição dos riscos no uso desses aparelhos, ao diagnosticar e avaliar os principais problemas em sua utilização”, considera.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc com informações da jornalista Alessandra Antoniolli e da Divisão de Comunicação Social da PUC Goiás