Investimento, gestão e soluções ambientais são alguns dos temas a serem abordados pelo 27º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES promoverá entre 15 e 19 de setembro em Goiânia (GO). O professor Antônio Pasqualetto, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade e o professor Osmar Mendes Ferreira, coordenador curso de Engenharia Ambiental, foram empossados, no dia 5 de setembro, nos conselhos consultivo e fiscal da ABES
Com o tema central “Saneamento, Ambiente e Sociedade: Entre a gestão, a política e a tecnologia”, o Congresso reúne especialistas e entidades do setor de todo o Brasil no Centro de Convenções de Goiânia (GO) para um encontro propositivo com a responsabilidade de gerar a “Carta de Goiânia”, documento que será apresentado pela ABES ao Governo Federal.
O ciclo de debates é mais do que oportuno, num momento crucial para o saneamento ambiental brasileiro: este é um ano em que a expansão dos serviços de água, esgoto, coleta de lixo e drenagem deve, obrigatoriamente, integrar a pauta de todos os prefeitos que tomaram posse no início de 2013, para a elaboração dos planos municipais que a universalização dos serviços de saneamento requer. “É sabido que um grande número de municípios brasileiros não dispõe de recursos financeiros para ampliar sua rede básica de saneamento, estando, irremediavelmente, dependentes de verbas federais para isso. Ocorre que, para pleitear qualquer centavo de financiamento do Governo Federal, o município tem que apresentar o seu plano de saneamento. E o prazo para isso expira no fim deste ano”, ressalta Dante Ragazzi Pauli, Presidente Nacional da ABES.
Um dos obstáculos apresentados pelos gestores municipais à confecção dos planos de saneamento é a qualificação da mão de obra para a sua elaboração e execução. “Como profissional do setor e presidente de uma das organizações não governamentais mais antigas e atuantes do saneamento ambiental brasileiro, posso afirmar que há em todo o Brasil entidades aptas a promover a capacitação desses profissionais.”
Para o presidente da ABES, parcerias dessas entidades com o Governo Federal, estados e municípios, com definição clara de escopos, recursos humanos e financeiros envolvidos, critérios e metas para avaliar desempenho, devem ser encaradas como uma real oportunidade para melhorar os índices de cobertura por serviços de distribuição de água, coleta de esgotos e tratamento, resíduos sólidos e gestão dos sistemas de drenagem urbana. E o 27º Congresso será mais uma iniciativa importante da ABES nessa direção. “Nossos indicadores ainda estão muito aquém do que se deseja para que nossa população viva com dignidade. Por exemplo, a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada pelo IBGE, mostrou que apenas a Região Sudeste registrava uma elevada presença de municípios com rede coletora de esgoto (95,1%)”, informa.
Em todas as demais, segundo ele, menos da metade dos municípios a possuíam, sendo a maior proporção observada na Região Nordeste (45,7%), seguida pelas Regiões Sul (39,7%), Centro-Oeste (28,3%) e Norte (13,4%). E apenas 28,5% dos municípios brasileiros promoveram algum tratamento de seu esgoto, o que impacta muito negativamente na qualidade de nossos recursos hídricos. Mesmo na Região Sudeste, menos da metade dos municípios que possuíam coleta de esgoto (48,4%) o trataram.
Novidade
Nesta edição, o Congresso tratará mais aprofundadamente das questões ambientais. Está incluindo em sua programação o Fórum Meio Ambiente, que pretende ampliar a participação da ABES nas grandes discussões sobre o tema que ganham impulso no Brasil. Dante Pauli afirmou que a Associação, como entidade de saneamento, historicamente liga¬da à engenharia sanitária, não pode ficar fora desses debates.
O Fórum Meio Ambiente está sendo estruturado para debater, em seis painéis, os seguintes te¬mas: “Os desafios da gestão ambiental frente às pressões do desenvolvimento”; “Desafios da gestão empresarial para a sustentabilidade”; “Interações entre Meio Ambiente e Saneamento”; “Implicações do Código Florestal na gestão do saneamento ambiental”; “Gestão de desastres naturais”; e “Cidades Sustentáveis”.
A programação do Congresso será composta de painéis, mesas redondas, apresentação de trabalhos técnicos, Fórum de Meio Ambiente, Campeonato de Operadores, Olimpíada Jovens Profissionais do Saneamento, visitas técnicas, e a X FITABES, a maior feira de exposições do segmento.
Presenças previstas
Para o painel de abertura, em formato de talk show mediado pelo jornalista Washington Novaes, que acontecerá no dia 16/9, às 9h, estão previstas as presenças das seguintes autoridades: Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (Ministro das Cidades); Izabella Teixeira (Ministra do Meio Ambiente); Marconi Perillo (Governador de Goiás); Paulo Garcia (Prefeito de Goiânia); Leonardo Moura Vilela (Secretário de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos de Goiás); Vicente Andreu Guillo (Presidente da ANA); Gilson de Carvalho Queiroz Filho (Presidente da Funasa); Rogério de Paula Tavares (Diretor Executivo de Saneamento e Infraestrutura da CEF); Prof. Benedito Braga (Conselho Mundial da Água) e Dante Ragazzi Pauli (Presidente da ABES).
Sobre a ABES
Fundada em 1966, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES é uma associação com fins não econômicos que reúne no seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor. A ABES tem como missão ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando à melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.
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