Compromisso com : a Verdade; com a honestidade; com a dignidade humana; com os interesses d@s trabalhador@s
Boa noite a todas e a todos.
Nas últimas semanas, nossa diretoria divulgou vários textos em boletins sobre questões pertinentes a nosso momento político e a nossa movimentação eleitoral. Quero recuperar algumas destas falas aqui hoje, registrando nossos posicionamentos neste final de mandato.
Dizíamos:
“A UNIVERSIDADE É UMA REALIDADE QUE FALA.
Deixemo-la, portanto, falar e tratemos de escutá-la, não no que queremos
ou no que nos convém, mas no que ela nos quer dizer”. (Hernesto Leyendecker)
Esta foi uma epígrafe que utilizamos há quatro anos atrás quando, como bem diz professor Orlando Lisita, iniciamos um “movimento coletivo que vem resistindo, sem tréguas, as tentativas de perdas dos direitos bravamente conquistados e nos limites conjunturais, obtendo conquistas significativas.”
Combatemos entre nós um falso discurso ufanista enquanto pioravam nossas condições de trabalho e era preciso superar o descrédito existente entre @s trabalhador@s quanto às suas possibilidades e de suas organizações sindicais.
A análise política que fizemos há quatro anos passados estava correta e nosso trabalho neste tempo atingiu a categoria. Nossa avaliação política se pautou na identificação quanto aos anseios d@s professor@s, e nossas ações, preocupações, conclamações, encontraram eco na categoria.
Nas relações entre capital e trabalho, não há como ignorar que aos trabalhador@s é destinado o papel de alimentador da máquina que opera, e que sua dignidade enquanto ser humano depende essencialmente de que tenha permanentemente claro que os direitos são conquistas e que devem ser mantidas como patamares sobre os quais vamos construindo nossos ideais, nossas vidas, nossa dignidade profissional.
Reafirmamos que “também é papel da APUC problematizar questões como as relativas ao modelo de Universidade, condição de filantropia, avaliação rigorosa das políticas de gestão, graduação, pesquisa e pós-graduação e extensão.” (Contrafogos 1) Perguntávamos então: “Que excelência universitária e profissionalização docente estamos construindo com professores precarizados, desvinculados de uma carreira e sem estímulos ao estudo permanente?”
E foi o que fizemos, diretor@s da APUC, da gestão Contrafogos 2.
Denunciamos as demissões arbitrárias e os ataques aos nossos direitos conquistados, como o adicional de periculosidade, as bolsas, as pressões e injustiças nas distribuições de carga horária. Renovamos nosso Acordo Coletivo sem abrir mão da luta contra a discriminação por idade, o que nos traz hoje a alegria de ver o Professor Antonio Lúcio sendo readmitido por decisão judicial, resgatando nosso direito à estabilidade. Estamos orientando, com êxito, a revisão cuidadosa do saldo rescisório, que tem mostrado diferenças grandes em favor d@s Professor@s.
Calúnias e difamações nos causam profunda indignação e de nós só merecem repúdio e a lata do lixo.
Nossa história de vida e trabalho é o que nos recomenda. Não temos apego a cargos, não agimos por favorecimentos e empregamos partes significativas de nossos salários na luta do povo.
Por isso precisamos registrar aqui:
1 – temos o maior carinho pelas nossas funcionárias e as do Sinpro e suas famílias, a quem agradecemos a honestidade, a seriedade e a dedicação que tem desde ha muitos anos, colocando à disposição a sua força de trabalho. E queremos agradecer em dois tempos: 1º -em nome de todas as diretorias de cujas eleições elas vem participando há muitos anos, levantando de madrugada para chegarem no horário e cumprirem seu compromisso com muita honestidade. Foram mesárias nas eleições de muitas diretorias , e não merecem a suspeita de desonestidade;
2 – respeitamos e agradecemos, e não impedimos, como poderíamos, a tod@s servidor@s da PUC Goiás que, voluntariamente ou por designação de seus chefes, prestaram importante serviço à Chapa 2, sendo seus ficais durante os três dias das eleições onde ficaram sozinhos porque a chapa 1 não conseguiu viabilizar seus\suas fiscais (professor@s), com a mesma disponibilidade, por motivos que tod@s conhecemos em nosso cotidiano.
3 – apresentamos nosso reconhecimento público ao excelente trabalho desempenhado pela comissão eleitoral: à professor Cida Skorupski do HGSR, com muitos anos dedicados ao trabalho aqui na APUC e também aos Conselhos de Assistência Social, tão importantes para nosso povo; à Profa. Rosângela Camapum com anos dedicados ao trabalho na área de enfermagem, e os dez últimos deles na direção do curso de enfermagem; ao Professor Sílvio Costa, com 34 anos de trabalho na PUC Goiás, bem como à nossa categoria como sindicalista e cientista político. Aos dois últim@s queremos dizer que o fato de a professora Rosângela ser companheira do candidato a tesoureiro pela chapa 2, e o fato de o Professor Silvio ser companheiro da candidata a secretaria na chapa 1, para nós da chapa 1, consagrada pela nossa categoria para dirigir nossa entidade nos próximos dois anos, em nenhum momento duvidamos da idoneidade de vocês já tantas vezes comprovada em suas historias de vida. À Comissão eleitoral então, nosso reconhecimento pelo grande respeito e seriedade com que observaram nosso Estatuto e as normas e regras estabelecidas e que regem as relações de nossa associação e seus/suas associad@s e que validavam todas as suas decisões. Nosso desagravo pelas ofensas gratuitas sem o menor fundamento que vocês tem sofrido verbalmente e através de alguns textos que tem circulado na universidade.
Também precisamos aqui falar de nossas finanças e apresentar nosso desagravo ao Professor Goiás que, ao receber a tesouraria da entidade, levou seis meses para conseguir que o tesoureiro anterior, Professor Jeová (ex-candidato a presidente pela Chapa 2), lhe entregasse os livros contábeis. Porque foi necessário tanto tempo? O Professor Goiás, em quatro anos de gestão na APUC, já prestou contas mais de uma vez, e ontem, apresentou ao Conselho Fiscal e à categoria os livros contábeis.
Importante informar que nossa campanha ficou em R$4.800,00 e que recebemos 1.500 reais de contribuição do Sinpro para nossa campanha e que o restante foi rateado entre @s membros da chapa.
Não se pode confundir dedicação à luta do povo com sindicalismo profissional ou com defesa de interesses individuais. Não se pode confundir defesa intransigente de uma universidade de qualidade, concessão pública fornecida para ampliar o acesso do povo à ciência e ao conhecimento e que em uma universidade católica deve apresentar-se ainda mais com os traços da solidariedade, do respeito, da contribuição social, para manterem seu caráter comunitário.
A Verdade; a honestidade; a dignidade humana; os interesses d@s trabalhador@s – esse é nosso Compromisso!
Professora Lucia Helena Rincon Afonso