Associação de Professores
da PUC Goiás
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18.06.2020 Nota Apuc FGTS FeriasPara além de todos os desafios enfrentados durante o semestre letivo na PUC Goiás, no qual as aulas presenciais, da noite para o dia, migraram para o espaço virtual provocando uma transformação radical na rotina da vida universitária, ainda tivemos que arcar com ônus necessário para o desenvolvermos do nosso trabalho em Ambiente Virtual de Aprendizagem. Sobrecarga na jornada de trabalho juntamente com perda de espaço e tempo de nossas vidas privadas. Sem falar do uso da imagem de professores/as e de seus direitos autorais não pagos. Todo o esforço coletivo dos/as docentes, reconhecido em vídeos, áudios e textos institucionais desempenho exemplar que garantiu a permanência dos estudantes em nossas salas de aula, agora se mostram palavras ao vento, pela constatação de que o FGTS não está sendo depositado e de que o pagamento de 1/3 das férias - com o qual já contávamos na nossa previsão orçamentária - provavelmente não ocorrerá.

Como assim? Qual a real justificativa? Estávamos todos aqui, Professores/as, cumprindo com suas responsabilidades. É fato que estamos vivendo sob a égide das nefastas MP 927 de 22 de março de 2020 e MP 936 de 1º de abril de 2020, dentre outras, que desfecharam vários ataques aos direitos dos/as trabalhadores/as, por parte do Governo Federal. É prevista, por exemplo, a suspensão do recolhimento do FGTS referente aos meses de março, abril e maio, podendo ser pagos sem juros e multa a partir de julho, em seis parcelas. O pagamento do adicional de 1/3 das férias, devidos aos/às docentes, poderá ser quitado até data da gratificação natalina. O que diz respeito ao não pagamento do adicional de férias, não foi pronta e corretamente informado aos/às docentes da PUC Goiás.

Tem faltado, assim, por parte da Administração Superior da PUC Goiás, transparência e informação adequada, bem como respeito e disposição ao diálogo para com docentes e suas entidades representativas. Pode-se observar um dúbio posicionamento dos gestores dessa IES, frente às exigências do isolamento social e suas consequências acadêmicas: reconhecimento da fundamental importância do empenho exemplar e profissionalismo dos/as seus/as docentes e certo descaso e descuido calculados em relação às devidas informações sobre as quais têm direito. Ao não fazer veicular, pronta e adequadamente, decisões e medidas que afetam diretamente a vida pessoal e profissional de todos nós, a Reitoria peca, uma vez que a confiança recíproca entre os membros da comunidade acadêmica, que deveria ser a base ética do nosso relacionamento, é tratada com indiferença e mesmo menosprezo. O cuidado devido com a comunicação institucional tem falhado, quando não informa com precisão aquilo que é de interesse coletivo. Terminamos com as palavras do Papa Francisco, quando diz que toda injustiça contra quem trabalha fere a dignidade humana.

Diretoria da Apuc


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