O colunista da Folha de S. Paulo, Reinaldo Azevedo, ao analisar os dados do Ranking de Universidades da Folha 2019, fez o seguinte questionamento: “ Há algo de errado com o ensino universitário privado no Brasil, não é mesmo? E olhem que as mantenedoras não podem reclamar de desvantagem competitiva. Gozam de plena liberdade para oferecer o melhor. Tiveram ainda Prouni e Fies como estímulo. Por que digo isso?”
Segundo ele, a Folha publicou no dia 07/10/2019 o ranking das 197 universidades públicas e privadas que atuam no Brasil e, nas 50 primeiras colocações, apenas sete são privadas:
18º – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul;
19º – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro;
30º – Pontifícia Universidade Católica do Paraná
34º – Universidade Presbiteriana Mackenzie
36º – Universidade do Vale do Rio dos Sinos
42º – Universidade de Caxias do Sul
49º – Pontifícia Universidade Católica de Minas
E, ainda assim, ressalta o colunista, convém notar que cinco das sete são ligadas à Igreja Católica: quatro PUCs e a Unisinos, vinculada aos jesuítas. A Universidade de Caxias do Sul é uma fundação de direito privado, mas com forte presença do poder público local. De acordo com ele, se formos considerar as 100 primeiras, apenas 34 têm gestão privada.
Duas universidades estaduais, destaca, lideram o ranking elaborado pela Folha: USP e Unicamp, de São Paulo. O estado ainda tem uma terceira universidade entre as dez melhores, em 6º lugar: a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Reinaldo Azevedo faz um chamamento à reflexão: quase totalidade das pesquisas universitárias do País têm origem em instituições públicas. Nesse quesito, diz ele, há apenas 13 universidades privadas entre as cem primeiras. “Com a devida vênia, é uma vergonha. E a mais bem-colocada está em 19º lugar. No critério "ensino", as privadas são apenas 14 das 100 — seis delas são PUCs”.
“Há ainda muito a falar a respeito. (...) É preciso saber por que o ensino universitário privado no Brasil produz tantos diplomas e tão pouco saber. Mesmo vivendo hoje à mingua, as instituições públicas ainda são 66 das 100 melhores e 43 das 50”, completa.
PUCs
No Ranking Geral, as sete PUCs brasileiras ocuparam as seguintes posições: PUC-RS (18º); PUC Rio (19º); PUC-PR (30º); PUC Minas (49º); PUC-SP (56º); PUC Campinhas (66º) e PUC Goiás (107º).
No que diz respeito ao ensino, a PUC-SP foi a que obteve melhor classificação: 23° lugar. A seguir vem a PUC-RS (32º); a PUC Rio (34°); a PUC-PR (46º); PUC Minas (50°); PUC Campinas (56º) e, por último, a PUC Goiás (116º).
As Pontifícias Universidades Católicas mais bem colocadas em pesquisa foram, empatadas, a PUC Rio e a PUC-RS. A seguir, vem a PUC-PR em 44º lugar; a PUC Campinas em 94º; PUC Minas (99º); PUC-SP (116º) e PUC Goiás (162º).
As PUCs mais bem avaliadas pelo mercado são a PUC Minas (6º) e a PUC-SP (7º). Na sequência, destacam-se, empatadas, as PUCs RS e PR em 17º. A PUC Goiás atinge sua melhor classificação nos itens de avaliação do RUF: 23º posição. A seguir, PUC Rio e PUC Campinas conquistam, ambas, 25º posição.
No RUF 2019, a PUC-PR lidera em inovação conquistando o 8º lugar, sendo seguida pela PUC-RS, em 9º e PUC Rio em 10º. PUC Minas conquista 20º lugar, enquanto PUC Campinas fica em 94º, PUC-SP em 159º e, PUC Goiás, em 186º.
A PUC Rio é a Pontifícia mais internacionalizada do País, segundo o RUF 2019, e apresenta o 5º lugar no Ranking. A PUC-RS ocupou o 14º lugar, seguida da PUC-PR em 22º. A PUC Minas ficou em 116º lugar, a PUC Campinas me 132º, PUC-SP em 169º e PUC Goiás, em 187º.
Veja, a seguir, a classificação das Universidades Goianas no RUF:
