Nesta quarta e quinta-feira (02 e 03/10), a Educação volta a se mobilizar em todo o País contra os cortes e retrocessos. Convocada pelas entidades estudantis, a Greve Geral da Educação contará com atos nas ruas, nas Universidades, assembleias estudantis, aulas públicas nas ruas e panfletagens. Na PUC-SP, docentes, funcionários/as e estudantes, deliberaram em Assembleia Geral a adesão à paralisação com realização de diversas atividades. Às 9 horas, realizarão um Ato em Defesa da Educação e da Ciência em frente ao TUCA (Teatro da PUC-SP) – marco de resistência política e cultural contra a Ditadura Militar. As atividades serão encerradas na quinta-feira (03/10) com adesão à manifestação que ocorrerá na Avenida Paulista.
Veja os motivos da luta nacional:
1) Contra os cortes na Educação
Atualmente, o valor contingenciado nas Universidades e Institutos Federais já soma aproximadamente R$ 6,1 bilhões. Mesmo o Governo Federal tendo liberado recentemente verbas para as Universidades Federais e IFs, os recursos são insuficientes para quitar as dívidas. Para a UFG, foram liberados R$ 17,33 milhões, mas o montante inclui verbas especificamente destinadas às Regionais de Catalão e Jataí. De acordo com o Reitor da UFG, Professor Edward Madureira, os recursos proporcionam um fôlego para um mês, as a instituição precisa de suplementação orçamentária para funcionar. Algumas Universidade, como a UFRJ e UFSC já param parte de suas atividades devido à falta de investimentos;
2) Em defesa da Ciência e Tecnologia
Em menos de seis meses, o Governo Federal promoveu cortes de mais de 11.800 bolsas de estudos da pós-graduação, 300 milhões do orçamento da CAPES, 30% dos recursos para custeio das Universidades Federais que estão inviabilizando a pesquisa no País;
3) Pelo cumprimento do pagamento das bolsas do CNPq
São necessários R$ 330 milhões para o cumprimento do orçamento de 2019 do CNPq - aprovado por lei – para a garantia do pagamento das bolsas de pesquisas em vigor;
4) Por autonomia universitária e contra as intervenções
Já são mais de seis Universidades que tiveram suas listas tríplices ignoradas pelo Governo Federal que nomeou apenas simpatizantes do sua gestão ou mantém interventores/as pro-tempore à frente das instituições. Intervenção no processo de escolha de reitor é golpe na democracia e fere o direito de escolha da comunidade acadêmica;
5) Contra o Future-se e a privatização
A proposta de captação própria no financiamento das universidades idealizada pelo governo é uma entrega das instituições à uma dependência do setor privado e uma desresponsabilização do financiamento público à Educação. Mais de 25 universidades já anunciaram que não vão aderir ao Programa;
6) Contra a retaliação às entidades estudantis
Querem calar os estudantes! A Medida Provisória 895, que pretende instituir novo modelo de identificação estudantil a ser emitida pelo MEC, retirando tal função das entidades representativas e colocando o ministério como tutor das organizações estudantis é uma tentativa de enfraquecer e perseguir as entidades;
7) Por liberdade de expressão
Seguindo a agenda antidemocrática e ditatorial, o MEC está preparando uma cartilha contra manifestações político-partidárias nas Universidades.
Programação da Greve Nacional da Educação em Goiânia
02/10/2019 (Quarta-feira)
Das 8 às 12 horas: Educação e Ciência na Rua
Aula pública com debates para divulgação das atividades e pesquisas que são promovidas nas instituições de ensino.
Local: Av. Goiás entre a Rua 3 e a Av. Anhanguera em frente ao Grande Hotel (Centro de Goiânia)
03/10/2019 (Quinta-feira)
Concentração a partir das 16 horas na Praça Universitária
Passeata às 17 horas.
Itinerário: Avenida Universitária - Praça Cívica - Rua Dona Gercina Borges e concentração final na Alameda dos Buritis em frente à Assembleia Legislativa (Alego).