Milhares de pessoas tomaram as ruas do País no Dia 7 de Setembro participar da 23º edição do Grito dos Excluídos, que defendeu melhores condições de moradia, saúde e educação e rechaçou os retrocessos impostos pelo Governo Temer. O lema do ato, de caráter ecumênico e apartidário, em 2017 foi "Por Direitos e Democracia, a luta é todo dia!". Dirigentes da Contee e das entidades filiadas à Confederação participaram dos atos realizados nos diversos estados e denunciaram o aumento do desemprego, a exclusão social e os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários.
As manifestações também foram o espaço de lançamento nacional, pela CUT, da Campanha pela Anulação da Reforma Trabalhista, que pretende coletar 1,3 milhão de assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que propõe a revogação da Reforma Trabalhista de Temer, prevista para entrar em vigor no dia 11/11/2017. Após o recolhimento das assinaturas, o projeto será entregue à Câmara dos Deputados, com o lançamento de uma nova etapa da campanha, para exigir a votação da proposta. O objetivo do Projeto de Lei de Iniciativa Popular é fazer com que a medida se some a outras 11 leis revogadas por meio desse instrumento.
Manifestações em Goiânia
Em Goiânia, o ato do Grito dos Excluídos foi realizado à tarde, na praça do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) do Jardim Curitiba 1, na Região Noroeste da Capital. A programação incluiu atividades culturais, assembleia popular e simulação de um Tribunal Popular do Governo Michel Temer. O Fórum Permanente sobre o Acidente com o Césio 137, que organiza uma programação extensa em Goiânia para discutir o maior acidente radioativo do Brasil que ocorreu há 30 anos, também esteve presente na atividade, conforme informou ao Site da Apuc, o professor Júlio Nascimento, coordenador do Fórum.
O documento que norteou os atos, divulgado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressaltou que “os direitos e os avanços democráticos no Brasil, conquistados nas últimas décadas são fruto das lutas populares. Nossa Constituição Federal de 1988 é um exemplo. Porém, hoje, vários direitos sociais, garantidos pela Constituição, correm o risco de serem usurpados por um Congresso, Judiciário e Executivo que defendem os interesses de bancadas que só pensam em manter seu status quo de poder e de benefícios pessoais”.
De acordo com a CNBB, a sociedade brasileira precisa despertar para a organização popular, a resistência e a solidariedade entre os trabalhadores e trabalhadoras, camponeses e camponesas, comunidades originárias, comunidades tradicionais, que são os segmentos mais atingidos pelas atuais contrarreformas Trabalhista, da Previdência e Terceirização. A entidade destacou para a importância de retomar a construção do Projeto Popular para o Brasil Plurinacional, com solidariedade, justiça social e no qual a “vida esteja em primeiro lugar”.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc com informações da Contee, CUT e Fórum Permanente sobre o Acidente com o Césio 137