Associação de Professores
da PUC Goiás
apuc 40 anos 3

Desejamos boas-vindas e convidamos todos/as os/as professores/as a engajarem-se na luta contra a retirada de direitos e pelo fortalecimento da democracia dentro e fora dos muros da PUC Goiás

Resultado de imagem para carteira de trabalho rasgadaVivemos em um mundo e, em particular, num País marcado por  um período com muitas ameaças de retirada de direitos. Desde o início do governo interino, há clara intenção de “reformar” a legislação trabalhista com a suposta motivação de “alavancar o crescimento da economia”. O processo de impeachment em curso, no  Brasil, estimulou o surgimento de uma agenda que, dificilmente, seria legitimada pelas urnas.  A pauta de retrocessos contra os direitos dos/as trabalhadores/as emerge para atender os interesses do grande capital financeiro do País com o qual  o presidente interino, Michel Temer, fez pactos para  assumir  o  poder.

Entre os retrocessos que podem fazer parte da “reforma” trabalhista estão a possiblidade de regulamentação da terceirização sem limite, permitindo a precarização das relações de trabalho (PL 4302/1998 – Câmara, PLC 30/2015 - Senado, PLS 87/2010 – Senado); e a prevalência da negociação entre empregados/as e empregadores/as sobre a legislação – permitindo a flexibilização  de direitos como férias, FGTS, licença-maternidade, 13º salário e previdência social (PL 4193/2012 – Câmara).

Ainda são motivos de preocupação os projetos que defendem a adoção da livre relação trabalhista entre patrões/as e empregados/as, sem a participação dos sindicatos (PL 8294/2014- Câmara); o estabelecimento do Simples Trabalhista, criando outra categoria de trabalhadores/as com menos direitos (PL 450/2015 – Câmara); e a extinção da multa de 10% por demissão sem justa causa (PLP 51/2007 – Câmara e PLS 550/2015 - Senado).

Além desses retrocessos,  outras  medidas   também   atentam  contra  os  direitos   humanos. Entre elas, estão as propostas de regulamentação da Emenda Constitucional 81/2014,  que  dispõe sobre  o  trabalho  escravo,  que retira  o  conceito  de  jornada  exaustiva  e  de  trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal (PL 3842/2012 – Câmara, PL 5016/2005 – Câmara e PLS 432/2013 - Senado);  e   que  proposta  possibilita   a   redução   da   idade para início  da  atividade  laboral  de  16  para  14 anos (PEC 18/2011 – Câmara).

Ainda tramitam na Câmara, duas propostas que impedem os/as pessoas  demitidos/as  de reclamar por seus direitos na Justiça do Trabalho (PL 948/2011 – Câmara e PL 7549/2014 - Câmara).

Diante desta conjuntura nacional de ameaças contra a classe trabalhadora, iniciamos o semestre com desafios complexos que exigem de nós intensa mobilização para que os nossos direitos, conquistados às custas de muitas lutas e suor, não sejam transformados em cinzas. 

No cenário interno — rumo aos 60 anos da PUC Goiás a serem completados em 2019 e rumo as 40 anos da Apuc a serem celebrados em 2017 — continuamos firmes na luta pela democracia, na defesa intransigente da categoria e  com o firme propósito de retomar o diálogo com a Administração Superior da PUC Goiás para que o processo negocial  seja resgatado. Também  continuamos na luta para que a instituição reveja  a suspensão do vestibular  do curso de  Medicina, que traz prejuízos à comunidade acadêmica e à sociedade; pela organização, mobilização dos/as professores/as e pela melhoria das condições de trabalho, entre outras.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc 


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