Associação de Professores
da PUC Goiás
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As irmãs Amábile Bornacci e Amanda Mushroom, que formam a banda Asas de Aquarela, compuseram a música Maria para a mãe de ambas e em agradecimento a todas as mães. A música Maria foi feita como presente para o Dia das Mães para a psicóloga Maria Elza Borges, mãe das cantoras e compositoras goianienses Amábile Bornacci e Amanda Mushroom. Este ano as irmãs formaram a banda Asas de Aquarela, que estreia para o público com o clipe gravado nas paisagens de Analândia e Itirapina, cidades próximas à São Carlos (SP), onde Amábile reside.  Também teve cenas realizadas em Goiânia com mães e filhos de diferentes faixas etárias, etnias e de movimentos sociais. O vídeo está disponível no canal da banda, para conferir, basta  digitar “Asas de Aquarela – Maria”, no Youtube (clique aqui para ver).

O trabalho visa brindar todas as mães, inclusive a mãe natureza e as raízes do ser humano, no caso dos brasileiros, a ancestralidade indígena, negra e branca. Na verdade, no cotidiano, as pessoas chamam a mãe das compositoras de Elza, mas elas elegeram Maria como título da música por ser um nome comum no Brasil, o que possibilita deixar a obra com caráter generalista e abranger outras várias Marias, em semelhantes e diferentes contextos de maternidade.

O clipe foi gravado, produzido e dirigido pelas duas cantoras, que atuam também na área audiovisual. Amábile é atriz, assessora de comunicação e fotógrafa e Amanda, que também editou o vídeo, é atriz e conclui a faculdade de Fotografia e Cinema este ano. A coreografia criada e executada pelas irmãs e a maquiagem inspirada na cultura indígena, representam a força e a luta das mulheres, como guerreiras. O vídeo conta ainda com o protagonismo de Elza e com mães e filhos em cenas cotidianas e de muito amor.

O arranjo de Maria, pensado pelas compositoras e pelo músico Fernando TRZ, integra: sons de água, sinos dos ventos, pássaros, som natural de trovão, percussão brasileira e até indiana, com o instrumento tabla. A intenção é remeter à brasilidade e à força da musicalidade tribal.  

Estes elementos também narram a “paisagem sonora” do jardim, espaço preferido da casa das cantoras e onde Elza cultiva flores, sua ocupação predileta, como é mencionado nos versos “mais as flores te chamam pra regar o dia”. Já o piano, o violão, o acordeom e o violoncelo tentam expressar o aconchego da relação materna.

Algumas particularidades da musa inspiradora são descritas na letra, tais como: ela gosta de dormir até tarde e tem olhos cor de mel, característica admirada por suas filhas, que reclamam de não terem nascido com o mesmo privilégio.  Maria, como muitas mães, também tem “a visão sempre perto do coração”.

O momento do filho deixar o lar e continuar sua jornada de crescimento pelo mundo,  cortar o cordão umbilical, é citado como uma situação sensível e, por vezes, dolorosa, assim como o parto. Este trecho da letra generaliza a maternidade quando utiliza a palavra “ninho” em “queria estar sempre dentro do seu ninho, mas a vida não é assim”. Também lembra a mãe natureza na continuação do fragmento “saímos do ventre humano para o ventre da Terra”.

Minibiografia e breve currículo

As irmãs, Amábile Borges Nascimento (27 anos) e Amanda Borges Nascimento (20 anos), nasceram na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás e são filhas do cineasta e professor Julio Nascimento (PSI), professor  e de  Maria Elza Borges, psicóloga e artista plástica.

Ambas fazem canto popular e erudito desde criança com a professora Denise Felipe, da Universidade  Federal de Goiás. Amábile tem 18 anos de estudos e prática na área e Amanda 16 anos. As duas também ingressaram no curso de teatro profissional no Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França e atuaram em grupos profissionais de teatro, como o Teatro Exercício. As artistas ainda estudaram dança e realizaram apresentações nesta modalidade.

Sobre a banda

Amábile Bornacci e Amanda Mushroom compõe desde a adolescência, mas só começaram a gravar suas composições este ano, em São Carlos, São Paulo, no Timbrão Estúdio, de Fernando TRZ, que  realizou a produção musical e tocou diversos instrumentos e Bruno Marques, que gravou  bateria e percussão. Outras músicas já estão prontas e seus clipes estão em fase de acabamento, as cantoras pretendem lança-los em breve.

A banda tem outras dezenas de obras, no entanto, ainda não possui recursos financeiros  para completar um CD e espera que, com a divulgação das faixas que já estão concluídas, consiga realizar este sonho.

Os artistas e estilos musicais que influenciam o trabalho de Asas de Aquarela são variados: rock clássico, pop rock, indie, música clássica, música eletrônica, música indígena, MPB, bossa nova, jazz, samba, etc. Por esse motivo as irmãs preferem não definir um estilo musical para se enquadrarem, pois preferem se sentirem livres para criarem, sem se limitarem a uma classificação.

Amanda e Amábile fizeram aulas de piano, no entanto, Amanda se firmou mais nos estudos e utiliza o instrumento para compor e acompanhar. Amábile prefere fazer as melodias no violão ou à capela. 

Porquê o nome Asas de Aquarela?

Quando crianças a mãe das cantoras lia o livro A menina e o pássaro encantado,de Rubem Alves, que tem belas ilustrações e conta a história da amizade entre uma criança e um pássaro, que quando se ausenta, causa saudades e sofrimento na amiga. Diante da situação, a menina reflete sobre o dilema entre a liberdade que todos devem conferir a quem se ama e o sofrimento da separação, mesmo que momentânea.

A obra poética e filosófica inspirou as irmãs a fazerem uma tatuagem em suas costas com o mesmo desenho de um pássaro, composto por figuras de partituras musicais e preenchido com aquarela colorida. No entanto, as tatoos, que homenageiam a família e são um símbolo de união entre Amábile e Amanda, ainda estão inacabadas, pois não tem asas, mas serão concluídas logo que possível.

O nome Asas de Aquarela, além de remeter à tatuagem também representa o alçar voo, a liberdade e o crescimento por meio da arte.

Nomes artísticos das cantoras

Amanda adotou “Mushroom” ao sobrenome artístico, pois significa cogumelo em inglês, apelido dado pela irmã, para brincar com o corte de cabelo, em forma de cuia, que tinha na infância. Amábile criou Bornacci após unir “bor”, de Borges, e “nacci”, de Nascimento, mas ocultando o “s” e acrescentando outro “c”, apenas para ficar interessante e brincar com o italiano, de Amábile, que significa amável. 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc com informações da Banda Asas de Aquarela


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