Em assembleia geral realizada na manhã dessa quarta-feira (26/08), os professores/as deliberaram, por unanimidade, pela realização de um amplo movimento em defesa da PUC Goiás, articulado com toda a comunidade universitária, culminando em debate a ser promovido, no dia 15 de outubro – Dia do/a Professor/a - para discutir a precarização do trabalho docente, a qualidade do ensino e os descaminhos nos rumos da Universidade.
A contínua precarização das condições de trabalho, a falta de democracia interna e a recusa da Administração Superior da PUC Goiás em retomar o processo negocial com as entidades representativas dos/as professores – Apuc e Sinpro Goiás – constituem os pontos principais de insatisfação da categoria.
Na véspera da assembleia geral, em audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), realizada na tarde do dia 25/08, os/as advogados/as da instituição manifestaram, novamente, o posicionamento de intransigência adotado pela Reitoria em recusar-se ao retorno da mesa de negociação; e ainda declararam o Acordo Coletivo de Trabalho, firmado entre as partes, desde 1977, como extinto – como se houvesse tal possibilidade.
Pelo artigo 616, da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) nenhuma das partes envolvidas no processo negocial – sejam as entidades sindicais representativas das categorias e/ou as empresas – podem recursa-se à negociação coletiva, um direito fundamental dos/as trabalhadores/as também assegurado pelo Art. 7º, da Constituição Federal.
Mobilização
Para melhor articulação da comunidade universitária na construção deste amplo movimento pela melhoria da qualidade do ensino e das condições de trabalho na PUC Goiás, os/as professores/as deliberaram, na assembleia geral, pela criação de um fórum permanente de discussões com a participação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Centros Acadêmicos (CAs), Atléticas, Associação dos Servidores da PUC Goiás (ASC), Sindicato dos Auxiliares Administrativos em Estabelecimentos de Ensino (Sinaae), Sindicato dos professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás), Associação de Professores da PUC Goiás (Apuc), entidades da comunidade científica e outras entidades da sociedade civil.
Também foi deliberada a interlocução com a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e a Câmara Municipal de Goiânia, bem como novo pedido de audiência com o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.