Associação de Professores
da PUC Goiás
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Enquete da OCDE revela que 12,5% dos/as professores/as ouvidos/as no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou intimidação de alunos/as pelo menos uma vez por semana. Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores/as e diretores/as de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.

 

"A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os/as alunos/as levam para a aula seus problemas cotidianos", disse à BBC Brasil Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE. A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a grande maioria dos/as professores/as no mundo se diz satisfeita com o trabalho.A  conclusão da pesquisa é de que os/as professores/as gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados/as e reconhecidos/as pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.

Segundo Van Damme, "a valorização dos/as professores/as é um elemento-chave para desenvolver os sistemas educacionais". Ele aponta melhores salários e meios financeiros para que a escola funcione corretamente, além de oportunidades de desenvolvimento de carreira como fatores que podem levar a uma valorização concreta da categoria.

No Brasil, segundo dados do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDEs) da Presidência da República, divulgados em 2012, a remuneração média dos/as professores/as dessa faixa de ensino é de pouco menos de R$ 1,9 mil por mês. A organização ressalta que houve avanços na educação brasileira nos últimos anos. Os investimentos no setor, de 5,9% do PIB no Brasil, estão próximos da média dos países da OCDE (6,1%), que reúne várias economias ricas."Entre 2000 e 2011, o nível de investimentos em educação no Brasil, em termos de percentual do PIB, quase dobraram", afirma Van Damme. Outro indicador considerado importante pela OCDE, o percentual de jovens entre 15 e 19 anos que estudam, é de 77% no Brasil. A média da OCDE é de 84%.

Fonte: Fitrae BC


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