Na mesa de debates promovida pela Apuc para discutir o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional da PUC-GO), os/as professores/as avaliaram a segunda versão do documento apresentada pela Reitoria como “genérica” e “sem visão prospectiva da Universidade”
Nos dias 7 e 14 de abril, a Apuc realizou, na sede da entidade, a mesa de debates “PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional da PUC-GO): Participação, Democracia, Integração entre Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão Educativa”; com o objetivo de fomentar a participação efetiva e democrática dos/as professores/as nos projetos que envolvem Universidade.
A programação foi divida em dois eixos: “Projeto Pedagógico, Política de Formação e Profissionalização Docente Universitária: Qual a contribuição do PDI para efetivá-los?” e “Desenvolvimento Organizacional, Gestão Democrática e Política de Pessoal: Tecendo as Relações com as Condições de Trabalho Docente e Compromisso com a Qualidade da Formação Humana e Profissional dos/as Professores/as e Universitários/as”.
Para debater o tema, foram convidados/as os/as professores/as Iria Brzezinski; Marco Antônio da Silva; Marco Antônio Vezzani; Eugênio de Britto Jardim; Avelino Corrêa e Leandro Bianchine de Castro. Na avaliação dos/as professores/as, a segunda versão do documento apresentada pela Reitoria constitui-se, na prática, em um “plano de intenções”, pois não contempla satisfatoriamente os detalhamentos técnicos exigidos nas diretrizes para elaboração do PDI do Sistema de Acompanhamento de Processos das Instituições de Ensino Superior (SAPIEnS) do MEC, nem apresenta uma visão prospectiva da PUC Goiás.
Em relação ao corpo docente, por exemplo, a segunda versão do PDI não apresenta dados quantitativos e qualitativos criteriosos sobre os/as professores/as com políticas claras de estruturação, políticas de qualificação, plano de carreira e regime de trabalho; que apontem as metas da instituição para os próximos cinco anos. De acordo com os/as professores/as, faltam ações específicas para estimular os/as docentes à qualificação acadêmica por titulação em cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado; bem como, ações para evitar a evasão de “cérebros” na Universidade e detalhamento referente ao plano de carreira docente (como por exemplo, a titularidade que o/a professor/a necessita para se tornar adjunto).
Quadro transitório
Outro questionamento refere-se ao fato de a versão do PDI apresentar a função dos/as professores/as convidados/as e visitantes como transitória dentro da PUC Goiás e, sendo assim, componentes do quadro transitório, como poderiam ministrar aulas e desenvolver pesquisas dentro da instituição? Essa é uma questão sugerida pela leitura crítica do texto.
Conjugação com outros projetos
A forma como o PDI relaciona-se com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), Projeto Pedagógico de Curso (PPC) e Currículo de Curso também precisa estar clara. Os/as debatedores/as destacam que essa questão é de fundamental para os/as professores/as como operadores/as do plano.
Despertar para a construção da nossa PUC Goiás
Um dos principais desafios apontados pela mesa de debates sobre o PDI é a mobilização dos/as professores/as para atuar na construção coletiva de um Plano de Desenvolvimento Institucional que seja balizador das ações da categoria como protagonista da história da PUC Goiás e da luta pela democracia no País.
A segunda versão apresentada pela Reitoria, na avaliação dos/as debatedores/as, deve ser passada a limpo com carinho e coerência; bem como discutida democraticamente com a categoria e toda comunidade universitária. Afinal, essa é postura que se espera da Administração da PUC-GO - uma Instituição de Ensino Superior com 52 anos de história.
A categoria docente – ressaltam os/as debatedores/as - precisa despertar para mudar a própria realidade. Só assim, os/as professores/as poderão construir a PUC que tanto almejam.
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Fonte: Carolina Skorupski, Assessoria de Comunicação da Apuc
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