Nessa quarta-feira (02/04) à tarde, foi realizado, na Sede da Apuc, o Debate "Dia da Terra Palestina - A Internacional Antifacista" com o historiador especialista em relações internacionais e escritor, Sayid Tenório. O presidente da Apuc, Professor Mardônio Pereira da Silva participou da abertura do evento com uma saudação ao povo palestino.
Todos os anos, o povo palestino comemora o Dia da Terra Palestina com protestos e atividades que reafirmam seu vínculo histórico com a terra. A data, que faz parte do calendário nacional palestino, remonta à resistência contra o confisco de 2.000 hectares de terras palestinas na Galileia em 30 de março de 1976. Em resposta a essa expropriação, houve uma greve geral, que foi brutalmente reprimida pelo exército israelense, deixando dez palestinos mortos e centenas de feridos.
Desde então, o Dia da Terra tem sido comemorado anualmente com o plantio de oliveiras e diversas mobilizações que simbolizam a resistência palestina. Em 2018, a data marcou o início da Grande Marcha do Retorno em Gaza, onde milhares de palestinos marcharam pacificamente em direção à barreira sionista exigindo seu direito de retorno. A resposta israelense foi novamente letal, deixando milhares de mortos e feridos.
Este ano, o Dia da Terra Palestina assume uma importância crucial em meio ao genocídio em Gaza e à intensificação da limpeza étnica na Cisjordânia. A mobilização internacional torna-se fundamental para denunciar as atrocidades do Estado israelense e fortalecer a solidariedade com o povo palestino em sua luta por justiça e autodeterminação.
Do mito da Terra Prometida
Em setembro do ano passado, Sayid Tenório lançou o livro "Do mito da Terra Prometida à terra da resistência", com o apoio da Apuc e do Grupo La Folie, no Programa de Pós-Graduação em História da PUC Goiás.
“É preciso dar visibilidade para esta temática: quem são os palestinos, sua luta histórica para poder ter um Estado próprio que corresponda aos habitantes da região palestina desde centenas de anos atrás. É um território tradicional e os palestinos são seu povo originário, hoje sujeito ao genocídio”, declara o lider do Grupo de Pesquisa La Folie e conselheiro fiscal da Apuc, Professor Eduardo Sugizaki.