Associação de Professores
da PUC Goiás
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Reafirmando o ânimo e disposição para seguir na luta iniciada há 25 anos, a União Brasileira de Mulheres (UBM) realiza a 9ª edição do seu Congresso Nacional, que ocorre de  4 e 6 de junho, em Brasília. A 1ª Secretária da Apuc, professora Lucia Rincon, participa do evento

Em suas primeiras palavras de ordem, as mulheres disseram ao que vinham: “Eu sou mulher/ Vim prá vencer/ Vamos ocupar os espaço de poder”, adiantando o tema central do Congresso: “Mais Poder, Mais Democracia para as Mulheres e o Brasil Avançar”. Os discursos das autoridades se desenvolveram acompanhando o mote das palavras de ordem. Foi assim, quando falou a representante da Secretaria de Política para as Mulheres, vera Soares que, representando a ministra Eleonora Menicucci, destacou os avanços obtido pelas mulheres brasileiras nos últimos 12 anos a partir da criação da SPM.

 

Provocando as delegadas, Vera Soares pediu que repetissem a palavra de ordem com a qual se emocionou. As mulheres responderam em coro: “No meu país/ Eu boto fé/ Porque ele é comandado por mulher”.

As delegadas, por sua vez, respondiam com entusiasmo a fala das convidadas. A Secretária-Executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a cubana Alicia Bárcena, foi muito aplaudida e elogiada por trazer “a esperança socialista de Cuba” para as mulheres brasileiras. Ela destacou a participação das mulheres cubanas nos espaços de poder na ilha caribenha e manifestou o desejo de que também, no Brasil, as mulheres conquistem mais lugares de destaque nas instâncias de poder.

Luta todo dia

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a primeira presidenta da UBM, quando a entidade foi constituída em 1988, foi ovacionada pela plateia, ao defender a necessidade da luta pela conquista dos direitos das mulheres. Ela destacou o papel desempenhado pela bancada feminina, da qual é coordenadora, na busca pela aprovação de projetos e leis que garantam as mesmas oportunidades para as mulheres, principalmente as mulheres negras, e os homossexuais.

A fala da deputada Jô Moraes correspondiam a outra das palavras de ordem das ubmistas: “A nossa luta é todo dia/ Contra o racismo, o machismo e a homofobia”. Ao destacar a luta das parlamentares, Jô Moraes citou as duas representantes da Câmara Federal – deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA) e Érica Kokay (PT-DF) -, além de justificar a ausência da procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que estava em outro compromisso oficial.

Alice Portugal também discursou, emocionando a plateia com a sua defesa arrebatada da luta das mulheres. Ela criticou a sub-representação feminina na Câmara, que, com apenas 45 mulheres, “é um espelho de imagem distorcida da vontade do povo brasileiro, porque o poder econômico distorce essa imagem, o poder econômico que é o principal cabo eleitoral e esse poder econômico não financia vozes sem testosterona”, discursou em seu tom agudo, como reconheceu, criticando que os microfones não são modulados paras vozes femininas, que são agudas.

Segundo ela, “para acessar os postos de comando, ter mais senadoras, deputadas, vereadoras, devemos atuar de maneira unitária e em defesa da emancipação econômica das mulheres”.

Para debater as estratégias de como unir as mulheres na luta por sua emancipação, a presidenta da UBM, Elza Campos, que abriu o evento, anunciou a pauta de debates do Congresso. Ela também destacou a disposição e ânimo renovados das ubmistas, no processo de luta por mais poderes para as mulheres, contra o capitalismo e o patriarcado.

Nesta quinta e sexta-feira (05 e 06/06), elas estarão reunidas em Luziânia (GO), na sede do Centro de Treinamento Educacional (CTE/CNTI), para acompanhar uma extensa programação que inclui várias mesas temáticas seguidas de debates, grupos de trabalho e atividades culturais.

No último dia do evento (06/06), após a plenária de discussão e aprovação das propostas e plano de lutas para o triênio 2014-2017, será eleita a nova coordenação nacional da UBM para o mesmo período.

Fonte: União Nacional de Mulheres
Foto: Professora Ailma de Oliveira


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