Em apenas oito anos os países em desenvolvimento aumentaram seis vezes sua capacidade de produzir energia renovável, fato que permitiu que atualmente um quinto da produção mundial proceda de fontes de energia limpa. O esforços do Brasil nesse âmbito aparecem com destaque no Relatório da Situação Mundial – Renováveis 2014 lançado, no dia 03/06, durante o Fórum das Nações Unidas sobre Energia Sustentável para Todos.
O evento, que será realizado na sede da Organização em Nova York, conta com a participação de mais de 1.000 representantes do governo, setor privado, organizações internacionais e sociedade civil, com o intuito de mobilizar investimentos e promover ação para alcançar o objetivo de garantir segurança energética para todos.
Durante o encontro será lançada a Década das Nações Unidas para a Energia Sustentável para Todos (2014-2024). Atualmente, 1,3 bilhão de pessoas carece de acesso à eletricidade, e 2,6 bilhões usam combustíveis tradicionais para cozinhar e aquecer suas residências, causando a morte prematura de 4,3 milhões de pessoas todos os anos, a maioria mulheres e crianças devido ao efeito da fumaça.
O Fórum serve também como uma importante plataforma para trabalhar temas relevantes sobre energias sustentáveis, que serão retomados durante a Conferência do Clima em setembro, convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Energia Renovável no Brasil
O Brasil aparece como um dos países líderes em investimentos e na produção de energia derivada de biodiesel, hidroelétricas e solar para o aquecimento de água. O país também experimentou um rápido crescimento nos últimos anos na geração de energia eólica. O relatório ainda ressalta o compromisso assumido pelo governo com o programa “Luz para Todos”, concluído no final de 2013, que permitiu a instalação sustentável de uma rede elétrica nas zonas rurais usando energia renovável.
O estudo ressalva, no entanto, que a expansão das hidroelétricas brasileiras deve sofrer restrições devido às crescentes sensibilidades ambientais e a dificuldade relacionada à exploração dos recursos remanescentes em áreas remotas.
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Fonte: ONU