Associação de Professores
da PUC Goiás
apuc 40 anos 3

No dia (29/04), os/as professores/as da PUC Goiás rejeitaram, por unanimidade, a proposta apresentada pela Reitoria, na véspera da Assembleia Geral Extraordinária da categoria, de alterar a distribuição da carga-horária de 40 horas dos/as professores/as horistas da instituição para até 32 horas de regência de sala de aula. Foi deliberada também a retomada do processo negocial com a convocação de nova assembleia geral para o dia 21/05 (quarta-feira) com a manutenção da mobilização docente e, caso não haja avanços nas negociações, a possibilidade  de greve será retomada pela categoria. 

A assembleia aprovou que as entidades representativas da categoria – Sinpro Goiás e Apuc – apresentem, em mesa de negociação, a contraproposta de distribuição da carga-horária dos/as professores/as horistas com 28 horas de sala de aula (regência de classe), sendo  20% - o que corresponde a 6 horas para outras atividades (entre elas, elaboração e correção de provas); com a possibilidade de que o docente ainda possa assumir mais 6  horas de gestão, pesquisa ou extensão dentro da Universidade.

Reajuste Salarial

Os/as professores/as referendaram o posicionamento das entidades de que, diante da intransigência da Administração Superior da PUC Goiás de acatar os 3% de aumento real reivindicados inicialmente,  a categoria aceite o índice de 0,5% proposto pela Reitoria, desde que haja a correção da defasagem de 1,8% dos salários docentes pendentes no período de 1º de maio de 2007 a 30 de abril de 2008.

Em março, a instituição reajustou os salários dos/as professores com base em 80% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) referente ao ano de 2013 e, o restante, se comprometeu a pagar nos salários do mês de maio e propôs ganho real de apenas 0,5% em agosto.  “Aceitamos a antecipação do reajuste salarial proposto pela Reitoria e propusemos o  ganho real de 3%, índice semelhante ao aplicado pelas escolas de Ensino Médio que celebraram o Acordo com o Sepe e o Sinepe. Abrimos mão do nosso ganho real de 3% e aceitamos 0,5% desde que a Reitoria cumpra a cláusula 35 do nosso Acordo Coletivo de Trabalho que refere-se ao pagamento da defasagem de 1,8%”, explica o presidente da Apuc, professor Orlando Lisita.

Política de pessoal com democracia interna

Há consenso entre a categoria de que existe a necessidade da construção de uma política de pessoal na instituição com base nos pilares democráticos e de liberdade de expressão. Foi lembrada a estrutura adotada no passado, na qual a congregação elegia os/as representantes do Conselho Universitário, como um exemplo positivo de relacionamento institucional democrático para melhoria do clima organizacional interno; ao invés da estrutura atual em encontra-se alicerçada com diretores diretamente nomeados pela Reitoria sem participação dos/as docentes e da comunidade universitária.

Avaliação de desempenho com condições de trabalho

Foi aprovada a formação de uma comissão para discutir os critérios para a avaliação docente, com o objetivo de apontar caminhos para redesenhar a política de pessoal da PUC Goiás e reivindicar as condições de trabalho necessárias para que os/as professores/as possam exercer suas atividades com excelência em todas as áreas do conhecimento – ensino, pesquisa e extensão universitária. O posicionamento unânime da categoria é de que sem a valorização docente, política de pessoal concreta com plano de carreira efetivo aliado à condições satisfatórias de trabalho dentro da instituição, não há como oferecer educação de qualidade capaz de retomar o posicionamento de vanguarda que a PUC Goiás obteve no estado.

Liberdade de expressão

A mobilização da categoria foi apontada pela assembleia como fundamental para que a Reitoria retirasse, na quinta-feira da semana passada (24/04), o processo criminal movido contra os/as presidentes da Apuc (Associação dos Professores da PUC Goiás) e da ASC (Associação dos Servidores da PUC Goiás). Na manhã do mesmo dia, a juíza Viviane Silva de  Moraes Azevedo, do 5º Juizado Criminal, determinou o arquivamento do processo de queixa-crime movido pela Administração Superior da PUC Goiás contra o diretor da Apuc e delegado sindical, professor Mardônio Pereira da Silva, pela autoria do artigo "A PUC Goiás e a Torre de Babel".

Manifestação de Apoio

Na data da Assembleia Geral Extraordinária convocada para apreciar o indicativo de greve, a professora Beatriz Abramides, presidenta da Apropuc (Associação dos Professores da PUC-SP), enviou mensagem enviada pelas redes sociais, manifestando todo o apoio da entidade à luta dos/as professores/as da PUC Goiás por democracia interna com melhores condições de trabalho e salários.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc


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