Associação de Professores
da PUC Goiás
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Reitoria interpela judicialmente o Professor Mardônio pelo artigo “A PUC Goiás e a Torre de Babel

Na quinta-feira (05/12/2013), foi realizada a primeira audiência do processo movido pela Reitoria da PUC Goiás contra o Professor Filósofo Mardônio Pereira de Silva – 2º Secretário da Apuc e Delegado Sindical pelo artigo de sua autoria, publicado pela Apuc, com o título “A PUC Goiás e a Torre de Babel”.

Ele foi assistido pela Assessoria Jurídica do Sinpro Goiás, pelo presidente, pela 1ª secretária da Apuc e pelos advogados Ismar Estulano Garcia e Paulo Sérgio Pereira da Silva. Foi uma sessão breve, com poucas palavras, sem nenhuma proposta de solução - daí a sua continuidade muito comum às trajetórias dos processos jurídicos brasileiros onde pouco se fala mas muito se alonga. A segunda audiência ficou marcada para fevereiro de 2014. A Reitoria não gostou do texto e interpela seu autor por calúnia, difamação...

Esta política manifesta de proibição da liberdade, autonomia e autoria de pensamento e de absoluta intolerância a diversidade de ideias têm sido uma marca estrutural da epistemologia do “pensar” desta Reitoria.

Por todas as sete áreas desta Universidade ouvem-se vozes que apontam e denunciam sob sigilo absoluto que temos sofrido muito nesta que foi no passado recente, uma Universidade que acolhia e estimulava os sentimentos de pertencimento à comunidade ucegeana.

Fomos precarizados, horicizados, hierarquizados, desrespeitados e o pior: convertidos e estimulados a nos silenciar com o dever de trabalhar, trabalhar, trabalhar... E os direitos como tem ficado?

A nova configuração empresarial adotada pela PUC Goiás nos últimos tempos tem lhe conferido vários  prêmios midiáticos que a coroam como sendo “melhor empresa “ de Goiás completamente diferente dos resultados do que atestavam as avaliações externas do MEC. Até mesmo a sua Certidão Federal de Entidade Filantrópica foi suspensa.Quais os motivos? 

Perguntamos então à Reitoria:

1) O que consta nas palavras do Professor Mardônio que pode ser interpelado como sendo de atitude de difamação?

2) É proibido manifestar nossas ideias privilegiando as formas escritas e mais assumindo a sua condição autoral?

3) As palavras do Papa Francisco não têm que ter eco e orientação pastoral nas relações internas desta instituição PUC?

4) No espaço acadêmico universitário que não deve sob hipótese alguma  ser confundida com uma instituição prisional, a liberdade não é condição intrínseca? 

5) A Universidade não é um espaço cultural e educativo genuinamente de idéias e saberes diversos consideradas as diversas ciências?

Muitas perguntas, poucas respostas... Apenas uma irrestrita: nossa solidariedade ao Professor Mardônio e à todos/as Professores/as que ousam pensar com a coragem para revelar publicamente  suas ideias.


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