Associação de Professores
da PUC Goiás
apuc 40 anos 3

“A UNIVERSIDADE É UMA REALIDADE QUE FALA.
Deixemo-la, portanto, falar e tratemos de escutá-la, 
não no que queremos ou no que nos convém, 
mas no que ela nos quer dizer”. 

(Ernesto Leyendecker)

Esta foi uma epígrafe que utilizamos quatro anos atrás quando, como bem diz professor Orlando Lisita, iniciamos um “movimento coletivo que vem resistindo, sem tréguas, as tentativas de perdas dos direitos bravamente conquistados e nos limites conjunturais, obtendo conquistas significativas.”

Nos dias 29, 30 e 31 de maio, nossa Universidade falou. E falou com voz alta, participativa, motivada pela necessidade de combater o medo, de negar a arrogância e a onipotência. Afirmou uma vez mais que nossa entidade, como disse o Prof. Mardônio: “não se dobre às intimidações nem a tentativas de cooptação patronal, e afirme, uma vez mais, seu compromisso com a autodeterminação, pautada nos principios de justiça, liberdade, democracia, verdade, ética e transparência.” E, a exemplo de 2008, cerca de 80% d@s professor@s acorreram às urnas e em sua grande maioria disseram que entre a onipotência de alguns e a impotência que paralisa, fossemos capazes de encontrar nossa potência de educadores.

 

Combatemos entre nós um falso discurso ufanista enquanto pioravam nossas condições de trabalho e era preciso superar o descrédito existente entre @s trabalhador@s quanto às suas possibilidades e de suas organizações sindicais. 

A análise política que fizemos a quatro anos passados estava correta e nosso trabalho neste tempo atingiu a categoria. Nossa avaliação política se pautou na identificação quanto aos anseios d@s professor@s, e nossas ações, preocupações, conclamações, encontraram eco na categoria.

Nas relações entre capital e trabalho não há como ignorar que aos trabalhador@s é destinado o papel de alimentador da máquina que opera, e que sua dignidade enquanto ser humano depende essencialmente de que tenha permanentemente claro que os direitos são conquistas e que devem ser mantidas como patamares sobre os quais vamos construindo nossos ideais, nossas vidas, nossa dignidade profissional.

Reafirmamos que “também é papel da APUC problematizar questões como as relativas ao modelo de universidade,  condição de filantropia, avaliação rigorosa das politicas de gestão, graduação, pesquisa e pós-graduação e extensão.” (Contrafogos 1) Perguntávamos então: “Que excelência universitária e profissionalização docente estamos construindo com professores precarizados, desvinculados de uma carreira e sem estímulos ao estudo permanente?”

O professor José Maria assim alertou: As nomeações de velh@s e nov@s nada tem a ver com a faixa etária e sim com as situações contratuais, remunerações e garantias de uma determinada concepção de docência numa Universidade Devemos envidar todos os esforços para buscar um dispositivo normativo que nos integre e aproxime e não que nos segregue e nos leve a competição. É urgente estreitarmos nossos laços de comunicação e de solidariedade professoral e cidadã.

 

E, em sua carta à categoria, o professor Paulo afirmou que “A estratégia do “dividir para conquistar” tem causado prejuízo ao sentimento de categoria ou de classe no meio docente. Não somos convidad@s, horistas, contínuos, integrais, exclusiv@s ou PDVs; somos PROFESSOR@S.”

Nas urnas, @s professor@s da PUC Goiás demonstraram que, como bem disse o professor Goiás, “os/as docentes, na sua maioria, são conscientes e sabem quem de fato luta e se arrisca pelas causas justas e quem se insinua nos movimentos sociais apenas para amortecer os enfrentamentos entre patrões e empregados...”.  e concordaram conosco que nosso compromisso é ainda maior!!Nosso compromisso é com a qualidade de vida e trabalho de nossa categoria, com a Ciência, com a Educação, com o Ensino, com o papel da Universidade para com nossa comunidade. E que as relações entre nós sejam marcadas pelo respeito, pela solidariedade, pela discussão e participação democráticas, pela confiança. Disseram que acreditam em nossa entidade e nos rumos de seu trabalho; alertaram-nos que muito ainda há a construir para termos uma universidade com compromisso social.

Que tod@s tenhamos abertura e compromisso para ouvir esta bela mensagem!

Obrigada a homens e mulheres que constróem a PUC Goiás!

                          Diretoria Contrafogos II 


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