A Apuc e o Sinpro Goiás convidam todos os homens a se engajarem na luta pelo fim da violência contra a mulher para além dos 21 dias de ativismo. Laços brancos foram colocados na Sede da Entidade e na Sede da Apuc (Associação dos Professores da PUC Goiás) e distribuídos para os Professores; bem como cartazes referentes à Campanha do Laço Branco.
O dia 6 de dezembro foi instituído no Brasil, pela lei nº 11.489/2007, como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal (Canadá). Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma aula da Escola Politécnica, ordenou que os homens se retirassem e começou a atirar, assassinando 14 mulheres. O rapaz suicidou-se em seguida, deixando uma carta “justificando” o ato: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.
O crime promoveu um debate sobre desigualdades entre homens e mulheres e motivou um grupo de homens canadenses a criar a Campanha do Laço Branco. O movimento cresceu e atualmente tem a missão de promover a igualdade de gênero, relacionamentos saudáveis e uma nova visão de masculinidade. O laço branco foi adotado como símbolo e lema de jamais cometer um ato violento contra as mulheres e de não fechar os olhos frente a essa violência.
No Brasil, a data possui o objetivo de sensibilizar os homens para a eliminação das diversas violências que atingem as mulheres. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicados na 4ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, revelam que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias.
A pesquisa ainda apresentou um dado inédito: uma em cada três brasileiras com mais de 16 anos sofreu violência física e sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. São mais de 21,5 milhões de mulheres vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos ou ex-companheiros, representando 33,4% da população feminina do País.
A violência contra as mulheres e meninas é uma grave violação dos direitos humanos. Tem uma implicação devastadora na vida das mulheres, das suas famílias e comunidades, bem como de toda a sociedade. Por isso, convidamos todos a lutarem também pelo fim da violência contra as mulheres”, afirma o presidente da Apuc, Professor Mardônio Pereira da Silva.