De acordo com a nova classificação da OMS, a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, passa a ser considerada uma doença ocupacional.
A nova classificação foi aprovada durante a 72ª Assembleia Mundial da OMS e está valendo desde 1º de janeiro de 2022.
A Síndrome de Burnout é um transtorno psíquico originado pelo cansaço extremo, e que possui relação com o trabalho afetando a pessoa em diversos setores da sua vida.
Durante a pandemia, houve um agravamento da doença e o aumento exponencial do número de casos.
Uma pesquisa realizada pela Pebmed apontou que 78% dos profissionais de saúde apresentaram sinais da Síndrome de Burnout no período da pandemia.
Outro estudo realizado pela International Stress Management Association (ISMA-BR) concluiu que o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de pessoas acometidas pela Síndrome de Burnout, em decorrência do alto nível de estresse.
Docência
Com a Pandemia da COVID 19 alguns dos estressores se acentuaram na área da docência, de acordo com as pesquisadoras da Unitins, Keila de Sousa e Denise Capuzzo. Entre eles, citam a jornada de trabalho excessiva, o pouco tempo de planejamento e adaptação do uso das tecnologias, aliado a desvalorização social, impactando a saúde mental dos docentes, aumentando os casos de Burnout na categoria.
Principais sintomas de Burnout
- Fadiga persistente;
- Alterações no sono e na alimentação;
- Perda de desempenho. A performance no trabalho diminui de forma contínua levando a pessoa a produzir cada vez menos e com pior qualidade;
- Perda da paciência. A pessoa tende a se tornar amarga. Frustração, raiva, culpa, irritação, pessimismo, sensação de vazio ou de pavor podem emergir com frequência;
- Perda da vida social. O esgotamento emocional costuma levar a pessoa a não ter energia para estar com quem gosta, levando ao afastamento de parentes e amigos. Conflitos interpessoais com a família tendem aumentar. Caso esteja com algum sintoma, não se intimide. Procure ajuda!