Associação de Professores
da PUC Goiás
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Recursos existem e em quantidade suficiente. Mas a pesquisa em Goiás ainda avança de forma muito tímida, conforme admitem até os próprios pesquisadores. UFG centraliza praticamente todo o trabalho

Para responder a essa pergunta, a reportagem do Jornal Opção percorreu vários caminhos que passam pela Universidade, Governo e iniciativa privada. Descobriu a dificuldade que é mapear a produção científica de Goiás, a não ser por números  estatísticos de publicações que não trazem à tona aquilo que realmente interessa: o que Goiás produz de conhecimento e qual a qualidade dessa produção intelectual.  

Apesar do esforço para aproximar a academia da comunidade – se é que isso não passa de discurso –, a Universidade ainda continua sendo um feudo protegido por uma linguagem erudita e pouco objetiva do ponto de vista jornalístico. Os cientistas se envaidecem em ter o nome vinculado a algum feito importante, mas não conseguem transpor a barreira que separa a universidade do mundo real para divulgar suas pesquisas. A ciência produzida em Goiás é uma mera desconhecida da população, apesar de algumas já fazerem parte do dia a dia das pessoas.

Não se trata de uma produção científica poderosa se comparada à desenvolvida no Sudeste do País, antecipa a pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Divina das Dores de Paula Cardoso. “O que é esperado, por uma questão de maturidade do ponto de vista do início da pós-graduação e atividade de pesquisa no Centro-Oeste e também porque há muito mais instituições de ensino superior no Sudeste que aqui.” São Paulo abriga as três maiores universidades estaduais do Brasil, além de 13 universidades federais.

No Centro-Oeste – Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso –, a pesquisa vem sendo desenvolvida quase que exclusivamente nas universidades federais e de forma ainda incipiente nas estaduais, que são relativamente novas nesses Estados.  Em Goiás, a PUC e a UniEvangélica dão uma pequena contribuição para a produção da ciência. Mas os dados sobre a produção científica produzida no Estado não são centralizados em um único órgão ou instituição. Nem a Secretaria de Ciência e Tecnologia sabe ao certo aquilo que os cientistas goianos desenvolvem em seus laboratórios. Cada instituição tem sua própria estatística, que muitas vezes se entrelaçam porque é comum pesquisadores de instituições diferentes se debruçarem sobre o mesmo trabalho.

No Distrito Federal a produção de ciência é mais robusta. A Universidade de Brasília (UnB) fomenta a pesquisa há bem mais tempo e com mais intensidade, respondendo por mais de 40% da produção científica de toda a região. A Pontifícia Universidade Católica do DF também contribui para aumentar essa estatística. Em seguida vem Goiás, com 25%.

Fonte: Jornal Opção - Clique aqui para ler a matéria completa


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