Senhores/as professores/as, alunos/as, diretores/as, gestores/as, pais, mães e demais responsáveis, os/as professores/as da Rede Privada de Ensino deliberaram, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última sexta-feira (07/06) à tarde, na Sede do Sinpro Goiás, pela participação da categoria na Greve Geral que ocorrerá no próximo dia 14/06 em defesa da Educação e pelo direito à aposentadoria.
E por quais razões?
A primeira delas: a chamada “Reforma da Previdência”, que tem sido apresentada como a solução para todos os problemas do país – não se fala em “política econômica”, de “incentivo às pequenas e médias empresas”, de “geração de emprego”, etc -, é particularmente perversa para os/as professoras/as.
Vejamos: se atualmente a categoria se aposenta com salário integral com 25 anos de contribuição para as mulheres e 30 para homens, sem limite de idade, a proposta do governo exige idade mínima de 60 anos para a professora ou professor se aposentar, com 30 anos de contribuição e trabalhando exclusiva e initerruptamente no magistério. Considerando-se que depois dos 50 anos de idade, as doenças ocupacionais se tornam realidade e dificilmente o/a professor/a consegue emprego no setor privado, concluímos que fatalmente a categoria nunca vai se aposentar!
Além disso, a retirada do direito à seguridade social, inclusive da aposentadoria, como imperativo constitucional (desconstitucionalização) tem por objetivo colocar fim às aposentadorias públicas e privatizar o sistema previdenciário, por meio do chamado regime de Capitalização para beneficiar o sistema financeiro, convertendo o direito previdenciário em uma mera poupança individual e privada que será gerida pelos bancos privados, que agradecem o presente!
A segunda, é o desmonte da Educação Pública, cujo objetivo principal é a privatização do ensino público gratuito, em especial das Universidades Federais, como pode-se constatar pelos ataques recentes encabeçados pelo atual mandatário do MEC, Abraham Weintraub. Em meio ao bloqueio de 30% no orçamento das Universidades e Institutos Federais, as ações dos seis maiores grupos educacionais que atuam no Brasil, dentre os quais os grupos Kroton Educacional S/A (Anhanguera, Unopar, Pitágoras), Estácio Participações S/A (Estácio de Sá), Laureate Education Inc (Anhembi Morumbi e FMU), registraram alta na bolsa de valores, e isso a despeito da baixa da própria Bovespa .
Assim, o corte orçamentário nas Universidades Públicas serve escancaradamente ao mercado, que fatalmente levará à redução de vagas paras os/as alunos/as do ensino médio que serão obrigados a arcar com os custos da educação superior privada.
É isso que queremos?
Se a resposta for NÃO, então concordamos e estaremos juntos/as (pais, mães, responsáveis, alunos/as, professores/as, funcionários/as administrativos, gestores/as e diretores/as) na Greve Geral do dia 14/06/2019, com concentração marcada para 10 horas, no Coreto da Praça Cívica.
Vamos todos/as participar dessa manifestação democrática em defesa da cidadania, que jamais será plena sem Seguridade Social e Educação Públicas!
Vamos dizer NÃO à Reforma da Previdência e ao desmonte da Educação!