O ensino a distância na área de saúde precisa de limites, e eles têm de ser discutidos com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Educação. Essa é a opinião do deputado Átila Lira (PSB-PI), relator de projeto de lei (PL 5.414/2016) que proíbe o incentivo do governo a cursos da área de saúde na modalidade a distância. Lira alterou o texto original, do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). O relator defende o incentivo público aos cursos, mas cobra maior rigor do MEC e do CNE na fiscalização.
“O Ministério da Educação deixou livre a questão do ensino a distância para a área da saúde, o que preocupa a todos/as, sobretudo porque são ciências e conhecimentos aplicados ao corpo humano e à vida”, apontou o relator. “De maneira geral, a crítica é que, se o ensino presencial já é problemático, difícil e com qualidade discutível, imagina a educação a distância", completou.
O texto de Átila Lira fixa, nas diretrizes curriculares nacionais, o limite para o ensino de saúde a distância. “Nos componentes curriculares, temos conteúdos e atividades. Precisamos definir isso para nós termos um ensino de qualidade, e não o governo se aproveitar de uma modalidade de ensino massiva – ou seja, mais barata e mais simples – para querer cumprir metas de atendimento educacional sem qualidade”, sustentou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias