Associação de Professores
da PUC Goiás
apuc 40 anos 3

Nós, representantes das entidades abaixo relacionadas, manifestamos, publicamente, apoio à combativa presidenta da CTB-GO (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Goiás) e, ao mesmo tempo, repudiamos a truculência policial que resultou em sua arbitrária prisão no  dia 29 de maio. 

Um tenente coronel, que não usava nenhuma identificação, deu voz de prisão à sindicalista que estava no seu legítimo direito de manifestação, em defesa dos Trabalhadores que realizavam um movimento de panfletagem notoriamente pacífico, na porta da garagem da empresa Rápido Araguaia. O abuso de autoridade, plenamente caracterizado, estendeu-se até a 20ª Delegacia de Polícia. Local onde a professora Ailma teve os seus direitos constitucionais continuamente desrespeitados. Não foi disponibilizada, sequer, a oportunidade da sindicalista de entrar em contato com familiares ou advogado. 

 

Rasgou-se, em um só ato, princípios fundamentais da Constituição da República, iniciando-se pelos artigos 1º e  5º e permeando inúmeros outros dispositivos constitucionais e legais como o princípio da dignidade da pessoa humana, da cidadania e o direito de livre manifestação pacífica. 

Este documento representa, além de apoio à dirigente sindical, uma defesa vigorosa do direito de manifestação de todos os trabalhadores, estudantes e segmentos sociais que sofram qualquer tipo de injustiça ou discriminação. É a defesa cristalina do Estado Democrático de Direito.

A delicada situação política e econômica experimentada pelo Brasil atual exige posições corajosas em defesa dos direitos, individuais e coletivos, dos trabalhadores urbanos e rurais. A garantia desses direitos passa pela união de todas as entidades que são contra a precarização do emprego através da terceirização e da redução de conquistas trabalhistas duramente efetivadas. 

A Professora Ailma tem o seu trabalho conhecido e reconhecido em quase três décadas de luta incansável em favor dos Trabalhadores/as, da DEMOCRACIA,  da EDUCAÇÃO  e do Ensino de Qualidade, tanto como professora atuante quanto como integrante do Conselho Estadual de Educação, representante dos Estudantes.

A prática de se criminalizar os movimentos sociais é ação que está se estendendo por todo o País. Diante desse quadro perigoso e alarmante, é fundamental a união de todos para frear a repressão e as arbitrariedades reiteradas. Cada entidade tem posições específicas e peculiares, mas a defesa de princípios basilares, como direito a livre manifestação deve ser uma luta de todos. 

Hoje, a vítima é a presidenta da CTB-GO, Professora Ailma Oliveira, que está intimada a depor, judicialmente, no próximo dia 17 de junho. Amanhã, pode ser outro/a líder sindical. Ou mesmo o conjunto dos movimentos que lutam por melhores condições de trabalho e de vida. Esses atos podem ser reflexos dos desmandos remanescentes da ditadura, que se esperavam mortos e que devem ser combatidos em todos os momentos. Todo o apoio à Professora Ailma! 

“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”.

Associação de Professores da Universidade Católica de Goiás – Apuc

União Brasileira de Mulheres - UBM


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