Associação de Professores
da PUC Goiás
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A colega professora Joana Peixoto participa do elenco da peça teatral "A mais forte", um drama psicológico escrito por August Strindberg, que está em cartaz de 12 a 15 de maio (quinta-feira a domingo), no Teatro do Bolso Cici Pinheiro (Av. Anhanguera, em frente ao Teatro Inacabado da AGT).
 

Saiba mais sobre a peça


Duas personagens intercambiáveis?

Embora considerada um monólogo, a peça A mais forte está estruturada na forma de um diálogo entre duas mulheres. Nomeadas pelo autor (August Strindberg) como X e Y, pode-se considerar que uma personagem pouco se distingue da outra: nem a idade, nem a condição social, nem o ofício é distinto. Trata-se de duas atrizes da mesma idade. O que as diferencia é o casamento. A senhorita Y é solteira; a senhora X, casada e mãe de dois filhos. Há ainda mais em comum: Bob, o marido da senhora X tem sido amante da senhorita Y.

A senhora X pode parecer uma personagem desprezível porque expressa um particular prazer em humilhar Y, em lembrar-lhe sua infelicidade, insistindo, desde sua chegada, em chamá-la de solteirona. Também a senhorita Y pode se revelar extremamente perversa em sua pretensa e muda indiferença ou em sua arrogante ironia.

A mais forte, mesmo sendo uma peça curta, comporta fortes inversões de situação: a princípio, é possível odiar a senhora X, depois é provável que se sinta piedade dela e se chegue até a admirá-la. E vice-versa: é possível que, a princípio, o impulso seja mesmo de apoiar a senhorita Y ou de torcer por ela, mas, em seguida, ela pode ser detestada, chegando-se a lamentar a sua condição ou ainda a considerar que ela apenas “está colhendo os frutos do que plantou”.

Sendo as protagonistas duas mulheres quase banais, não é difícil reconhecer-se nelas e, a partir daí, enveredar por um processo de reflexão sobre a própria condição. De fato, esta peça, em um breve e intenso diálogo, levanta algumas (pesadas) questões: não é fato que vivemos sob a influência dos outros? O casamento e a família proporcionam a verdadeira felicidade? Não seria sempre necessário fazer concessões e perdoar? Nossos erros nos ensinam realmente a viver? Nossos sentimentos impedem a objetividade de nosso julgamento?

Enfim, mergulhamos em uma verdadeira luta cerebral, que nos faz refletir sobre a vida em sociedade.

Fonte: Joana Peixoto é atriz e professor da PUC Goiás

 

Peça teatral "A mais forte"
Dias 12, 13 e 14/05 (quinta, sexta e sábado), às 21h
Dia 15/05 (domingo), às 20h
Local: Teatro do Bolso Cici Pinheiro (Av. Anhanguera, em frente ao Teatro Inacabado da AGT)
Prestigie!!!

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc com informações da professora Joana Peixoto


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