28.09.2019 nota publicaA Associação dos Professores da PUC Goiás (Apuc) está tornando públicos os equívocos, desmandos e desrespeitos, preferencialmente dirigidos aos/às Professores/as e Servidores/as pela atual Gestão da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. O diagnóstico que Professores/as e Servidores/as têm feito da convivência em ambiente universitário, indica uma progressiva degeneração das condições de trabalho e de vida da comunidade acadêmica. A toxidade das relações extrapola os limites do bom senso e mesmo da razoabilidade jurídica, mesmo nestes tempos sombrios em que os trabalhadores/as da Educação vêm sofrendo todo tipo de ataque e arbitrariedade.

A Apuc quer ressoar aos quatro ventos o que considera ser um sintoma localizado de um mal maior e mais amplo que está adoecendo o Brasil. Colegas nossos, Professores/as da PUC Goiás, que hoje estão na Administração Superior da Instituição, em nome de boas práticas de gestão, têm se encastelado numa bolha artificial de comando e, desgraçadamente, abandonado com indiferença calculada o coração da vida acadêmica da IES. Não é fácil para a Apuc essa denúncia! Mais que tudo é um dever e uma palavra de amor que se impõe, para o bem da causa educacional.

Nessa quadra, da qual partilhamos e na qual festejamos com entusiasmo o aniversário de 60 anos da PUC Goiás, neste mês de outubro de 2019, tornamos público o trilhar de um perigoso caminho institucional por parte da Administração da PUC Goiás que, pela democracia interna de baixa intensidade, contribui para cercear o pensamento crítico em seu interior.

Mesmo que essa denúncia seja recorrente por parte da Apuc, queremos reafirmá-la, mais uma vez. Trata-se, por parte da Universidade, de uma prática administrativo-gerencial perpetrada de modo cotidiano e persistente onde o assédio moral, a humilhação, o cerceamento da crítica e a submissão das vontades individuais estão a serviço de um projeto de poder personalista que mira horizontes incertos e desconhecidos da maioria da comunidade puqueana.

As várias demissões “sem justa causa” em curso na instituição têm funcionado como instrumento de amedrontamento – principalmente daqueles/as que reivindicam seus direitos, tentando fazer valer as regras da própria Universidade. Em outros casos, Professores/as de Tempo Integral são assediados até não resistirem mais e solicitarem a própria demissão. No último dia 27/09/2019, o Professor Carlos Vinícius Alves Ribeiro, do Curso de Direito da PUC Goiás, conceituado entre os/as docentes e alunos/as, foi notificado de sua demissão. Onde a justiça deveria ser praticada pedagogicamente, tem-se injustiça e violência institucional contra os/as docentes e também, ao mesmo tempo, contra os/as estudantes que escolheram essa Instituição de Ensino Superior, que deveria garantir o conhecimento a serviço da vida.

A Diretoria da Apuc


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