Associação de Professores
da PUC Goiás
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Falta de democracia interna e de liberdade de expressão, fim dos processos judiciais contra as entidades sindicais e melhores condições de trabalho foram as principais reivindicações da categoria

Em Assembleia Geral na  quinta-feira (10/04) pela manhã, os/as professores/as da PUC Goiás aprovaram realizar nova assembleia da categoria no dia 29/04 para apreciar indicativo de greve e adotar as medidas judiciais cabíveis para o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, caso o processo negocial com a Administração Superior da PUC Goiás continue emperrado.

Além da constante precarização das condições de trabalho, os/as professores/as denunciaram a falta de democracia interna relembrando o papel histórico da PUC Goiás como primeira Universidade do estado que também liderou, nos anos 80, o processo de redemocratização no País com a realização, no antigo ginásio da instituição, evento com o ex-senador Teotônio Vilela pelas Diretas Já para presidente no Brasil.

No mesmo ano em que o País relembra os 50 anos da Ditadura Militar, a Reitoria da PUC Goiás inicia o semestre letivo com seleção de professores/as prevendo condições de trabalho (com 36 horas de sala de aula), jamais possibilitadas pelo Acordo Coletivo e após várias mesas de negociação, insiste permanecer com esta postura,  mesmo diante da proposta feita pelo procurador do Trabalho, José Marcos de Abreu, de garantir 20% da carga-horária dos/as professores/as que ingressaram nessa seleção para horas-atividade.

Avaliação de Desempenho Docente também para Elogiar

Durante a assembleia, as entidades informaram que concordaram em mesa de negociação com a avaliação de desempenho docente,  desde que ela ocorra com critérios objetivos, mas sem que seja utilizada apenas como punição; mas também  em benefício dos/as professores/as, como critério de ascensão ou promoção, por exemplo.

Professores/as da PUC Goiás querem estar entre as categorias que tiveram aumento real acima da inflação

Outro impasse refere-se ao reajuste da categoria. Como resposta ao índice de 3% (três por cento) reivindicado pelos/as professores/as na assembleia do dia 7 de fevereiro, a Reitoria insiste  em propor apenas 0,5% (meio por cento) de ganho real em agosto. Os/as dirigentes do Sinpro Goiás e a Apuc deixam claro que voltam à mesa de negociação desde que a Reitoria se disponha, de fato, a negociar.

Negociação se Faz sem Ameaça: Fim dos Processos Judiciais!

Os/as professores/as reivindicaram também o fim do processo judicial movido pela Administração Superior da Universidade contra as entidades sindicais e questionaram a divisão da categoria que está sendo feita por diferentes tipos de contratos de trabalho. Por este motivo, a Apuc irá convocar novamente reunião somente com os/as professores/as horistas para aprofundar a pauta de reivindicações. Os/as docentes ressaltaram ainda que a falta de construção coletiva da instituição e de sua democracia interna,  influem diretamente para que o clima organizacional seja insatisfação generalizada.

Minuto de Silêncio

Logo no início da Assembleia Geral, o presidente da Apuc, professor Orlando Lisita, solicitou ao público presente a realização de um minuto de silêncio em virtude do falecimento da Sra. Eurydes Maria Leite Vieira, mãe do professor Goiaz do Araguaia Leite Vieira, diretor da Associação e delegado sindical que ingressou ainda como estudante na PUC Goiás.

Em seguida, parabenizou os/as colegas dos cursos de Engenharia de Alimentos e de Geografia pela conquista da nota 4, na avaliação in loco realizada pela comissão do MEC .

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc


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