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Filósofa paulista Djamila Ribeiro falou  sobre promoção da igualdade racial e importância da população negra em vários âmbitos da sociedade; mestre de capoeira Plínio traz os sons africanos para a sede das Nações Unidas.

Foi realizado na sede da ONU, no dia 26/09, um evento de alto nível sobre inclusão e contribuição dos afrodescendentes para a sociedade. O debate realizado integrou as atividades da Década Internacional de Afrodescendentes, que segue até 2024. A filósofa brasileira Djamila Ribeiro foi convidada a participar do encontro. Atuando como secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos da cidade de São Paulo, ela destacou à Rádio ONU a importância de políticas públicas em prol dos afrodescendentes.

Cultura

"Em São Paulo temos promovido inciativas em relação à promoção da igualdade racial, como atendimento psicossocial às mães que perderam seus filhos vítimas de violência policial. Para a Secretaria de Direitos Humanos do nosso estado, é importante pautar políticas sobre o debate racial . Temos que trazer à tona as nossas manifestações culturais, que durante muito tempo foram perseguidas ou não foram legitimadas. Temos que mostrar a importância da população negra não só na cultura, mas em vários outros âmbitos da sociedade."

Além de Djamila Ribeiro, o evento  contou com a presença de outros brasileiros, que fazem parte de um grupo de capoeira. No salão do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, pode-se ouvir os sons da cultura africana.

Reconhecimento

"Países que estão recebendo a capoeira como uma ferramenta de transformação do ser humano. Sobretudo porque é uma cultura que vem do povo africano, que tanto alimentou o nosso país e hoje a gente estar aqui é motivo de grande orgulho. O povo africano no nosso país foi muito discriminado com essas coisas e essa arte de capoeira, que engloba tantas outras artes e tem transformado tantas pessoas, faz com que reforce essa proposta de estar valorizando a cultura africana no mundo", declarou o mestre de capoeira, Plínio, que participou do evento.

Além da mesa redonda e da apresentação de capoeira, foi lançado o "ONU-Song", um grupo de trabalho formado por funcionários da organização, com o objetivo de promover o acesso igualitário de todas as pessoas dentro das Nações Unidas, independentemente de raça, nacionalidade ou etnia.

Década Internacional de Afrodescendentes

A Década Internacional de Afrodescendentes foi proclamada pela resolução 68/237 (acesse aqui em inglês) da Assembleia Geral e será observada entre 2015 e 2024, proporcionando uma estrutura sólida para as Nações Unidas, os Estados-membros, a sociedade civil e todos os outros atores relevantes para tomar medidas eficazes para a implementação do programa de atividades no espírito de reconhecimento, justiça e desenvolvimento.

O período também é uma oportunidade de apoiar o Ano Internacional de Povos Afrodescendentes, observado pela comunidade internacional em 2011, além de destacar a importante contribuição dada pelas e pelos afrodescendentes para nossas sociedades e propor medidas concretas para promover a sua plena inclusão, o combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e à intolerância.

Ao declarar a Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), a comunidade internacional reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos e protegidos. Cerca de 200 milhões de pessoas autoidentificadas como afrodescendentes vivem nas Américas. Muitos outros milhões vivem em outras partes do mundo, fora do continente africano. Visite o site oficial: http://decada-afro-onu.org

Fonte: Assessoria de Comunicação da Apuc com informações da ONU


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